O PT parte para 12 anos no comando do governo baiano, com
direito a mais quatro, se não houver mudanças na legislação, como se
imagina, a partir das reformas política e eleitoral e, ainda, a reforma
tributária. Rui Costa foi, seguramente, a maior surpresa do País neste
pleito, aumentando, em muito, a competência político-eleitoral de Jaques
Wagner, que há dois meses já dizia, em conversa reservada, que elegeria
Rui em primeiro turno. Uma escolha exclusivamente dele, preferindo um
companheiro que o acompanha desde quando exerceu a presidência do
Sindiquímica. Rui Costa passa, então, a dividir com o governador de
agora o mérito da grande vitória eleitoral. Cada um cumpriu a sua
tarefa. O governador, eleito em primeiro turno, entrou em todos os
debates preparadíssimos e foi destaque em, praticamente, todos. É certo
que as pesquisas não conseguem acertar quando mensuram as informações
político-eleitorais baianas. Desmoralizam em todas. Esta, mais do que a
vitória de Wagner em 2006. Porque somente anunciou um empate cravado em
36 pontos entre ele e Souto no sábado. O que ficou evidenciado no
resultado da eleição foi que Rui estava muitíssimo distanciado de Paulo
Souto, marcando 54,53% contra 37,39%. Uma distância surpreendente que
ofereceu ao novo governador eleito em primeiro turno uma virada
inimaginada pelas pesquisas de opinião, que transformaram a Bahia em
campo de treino para os seus blefes e erros. Wagner escolheu Rui em
solitário, sem consultas. Não errou. Muitas vezes repetiu que o eleito
estava pronto para governar a Bahia. Do novo comandante a partir de
primeiro de janeiro, os baianos esperam muito, a começar por um
secretariado competente. O estado tem um governador jovem, com 51 anos. A
ele então o sucesso que os baianos esperam.
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