O candidato do PSC à Presidência da República, Pastor Everaldo, disse
em entrevista ao jornal “O Globo” nesta terça-feira (9) que a
presidente Dilma Roussef deveria “renunciar à Presidência e à sua
candidatura” após as denúncias de pagamento de propinas na Petrobras. Reportagem da edição deste final de semana da revista “Veja” afirma
que o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto
Costa disse em depoimentos à Polícia Federal (PF) que três governadores,
seis senadores, um ministro e pelo menos 25 deputados federais foram
beneficiados com pagamentos de propinas oriundas de contratos com
fornecedores da estatal. “Sinceramente, não posso fazer julgamento temerário, mas se ela
tivesse um pouco de bom senso, deveria renunciar à presidência e à
candidatura. Não é possível que ela, que é gestora, tenha deixado
acontecer tudo isso e dizer ‘eu não sabia’”, afirmou Everaldo. “Chega de
PT, e como eu disse, fora a atual presidente Dilma. Ela deveria sair
agora.”
Durante a entrevista, o candidato do PSC mencionou, por diversas
vezes, ser a favor da privatização de empresas estatais que, segundo
ele, são “focos de corrupção”. Ele também disse que o governo federal
deve ser responsável por “reestabelecer a ordem” no país para “parar com
essa corrupção”.
Na sequência, o candidato foi questionado sobre o motivo de o PSC não
ter deixado a base de apoio à eleição de Dilma em 2010, mesmo com o
escândalo que ficou conhecido como “mensalão do PT”.
Para Everaldo,
naquela época “havia o benefício da dúvida”. “Naquele momento, havia o julgamento, foi comprovado agora e foram
presos. Todos nós tínhamos dúvidas [...] Naquela época, havia o
benefício da dúvida. Porque agora, se as coisas têm um antecedente, se
isso repetiu, não é possível um evento que repetiu agora e dizer que não
sabia. A presidente Dilma é responsável por tudo que está acontecendo
aí”, afirmou Pastor Everaldo. Everaldo ainda respondeu sobre os mais de R$ 4 milhões que seu
partido teria recebido para apoiar a candidatura de Dilma em 2010. Para o
candidato do PSC, a quantia “é pequena” e não pode ser comparada com o
mensalão. “A quantia foi dispensada, foi legalmente transferida para pagamento
de despesa da campanha majoritária. Com transparência, legal, recebida.
Bem diferente do mensalão, que foi caixa 2 [...] Eu defendo qualquer
contribuição partidária com transparência. Não pode é sonegar informação
para a sociedade brasileira”, afirmou. (G1).
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