O legado da administração Maria Maia (PMDB), prefeita de
Candeias, poderá ser entregue de “mão beijada” para que a sua
arquirrival Tonha Magalhães (PR), pré-candidata à sucessão, dê
continuidade. Maria Maia está inelegível e não poderá tentar a
reeleição. Por conta disso, o PMDB articula um possível apoio à
ex-gestora republicana, que já governou duas vezes o município da Região
Metropolitana de Salvador (RMS) e tenta retornar ao poder. Para isso, o
comando local do partido, que já tinha colocado à disposição o nome do
atual secretário de Serviços Públicos, Carlos Serravalle, foi tirado das
mãos da atual alcaide e entregue ao presidente da Câmara Municipal,
vereador Sargento Francisco (PMDB). “Diante do desgaste que estava o
PMDB no município, nós procuramos tomar providências para a sua
reconstrução. Por isso, o comando foi passado”, justificou o presidente
estadual do PMDB, deputado Lúcio Vieira Lima, em entrevista ao Bahia
Notícias. O edil agora terá a missão de articular a construção de um
palanque para abrigar as duas adversárias que, por 12 anos, se
engalfinharam na disputa pelo comando da prefeitura. Segundo o dirigente
estadual da sigla, o projeto tem que se sobrepor às rivalidades
políticas. “Isso é para evitar que essa estratégia que o PT tenta montar
na Região Metropolitana, uma região que abriga os municípios mais
ricos, que mexe com royalties de petróleo e que tem grandes
arrecadações. E o PT enxerga isso de maneira muito especial. O
importante é evitar essa hegemonia. Então, neste caso específico, temos
que evitar essas brigas municipais e valorizar o projeto estadual”,
afirmou. Até o momento Candeias, cidade que arrecada quase R$ 20 milhões
por mês, tem como prefeituráveis, além de Tonha, o ex-secretário da
Fazenda, Carlos Martins (PT), cuja filiação partidária está sub judice, e o deputado estadual Pastor Isidório (PSB).
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